Histórico

A Cia Carne Agonizante, nos seus 25 anos de existência/resistência, se configura como um grupo de pesquisa e repertório, desta maneira vem potencializando uma linguagem cênica corporal própria com uma intensa produção. O seu acervo artístico compõe 28 peças coreográficas:  Fruto Rubro de Carne Agonizante (2022), Pequena Fábula (2021), MR-8 (2020), Konstituição – ré em segunda instância (2020), Balada da Virgem – em nome de Deus (2018), Não tive tempo para ter medo (2018), Não te abandono mais, morro contigo (2015), Colônia Penal” (2013), Eu em Ti (2011), Produto Perecível Laico (2011), Estado Independente (2009), Um Artista da Fome (2008), Carne Santa (2007), Kafka in Off (2007), Carta ao Pai (2006), Adeus deus (2005), Ponto Final da Última Cena (2004), as duas últimas, montadas originalmente para o Balé da Cidade de São Paulo, e incorporadas ao repertório da companhia em 2010, Gárgulas (2004), O Processo (2003), Kazulo (2002), A Metamorfose (2002), Versos Íntimos (2002, composta para a Distrito Companhia de Dança e incorporada ao repertório em 2010), O Abutre (2003), Jardim de Tântalo (2002/2008), 33 – O Eu e o Outro (2001), Senhor dos Anjos (2001/2009), Bent – O Canto Preso (1999/2008), Solidão Proclamada (1998), e Ifá – se querem gritar para o mundo (1997).

A sua essência criativa apresenta um olhar específico para a dança cênica – evidencia um corpo com vontade incontrolável de poder, porém, contraditório, frágil e atormentado, uma espécie de produto perecível com prazo de validade. Humano hesitante na sua busca desenfreada por uma liberdade utópica, que ocasionará feridas internas e que sangrarão insistentemente até um esvaziar-se por completo.

A resiliência poética e política do grupo apresenta marcas profundas nas ações corporais produzidas por cada intérprete, exalando odores das dores do mundo – matéria prima essencial para gerar as inquietações para o ato criativo se concretizar na cena.

A morte como força motriz da vida.

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