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Colônia Penal
Inspirado na obra homônima de Franz Kafka (1883 -1924) e na ditadura militar brasileira (1964-1985). A abordagem da condição humana e social implícita nas obras de Kafka é de uma atualidade desconcertante; e se aproxima do que julgamos urgente e fundamental discutir na sociedade contemporânea. Kafka nos dá uma visão ampla e original do indivíduo em relação ao meio em que está inserido. A opressão, o aprisionamento e a desesperança deste homem que traz em si as marcas de sofrimento de um mundo alienado são temas recorrentes em sua obra.
O escritor Checo faz uma análise crítica sobre o instituto da pena, analisando os seus limites, a sinistra imposição de penas baseadas em castigos corporais pelo Estado e ilustra com clareza e precisão as barbáries que constituíam as técnicas medievais na aplicação desses castigos punitivos. É uma crítica aberta aos regimes despóticos nos quais o processo judicial e o direito de liberdade são sub-julgados.
O espetáculo propõe que o insólito e o absurdo possam ser percebidos em várias situações: Numa detalhada descrição de métodos de tortura dos regimes antidemocráticos abrigando e encobertando assassinos; na cruel e irônica omissão de um observador estrangeiro; na estranha relação entre o poder oficial e o condenado.
O coreógrafo Sandro Borelli e Grupo ampliam a pesquisa em direção as torturas cometidas pela ditadura militar no Brasil nas décadas de 60, 70 e 80 resultando com a morte e desaparecimento de centenas de brasileiros contrários ao regime da época. Constrói uma estrutura de gestos, ações e movimentos resultando uma dramaturgia corporal teatralizada, para gerar um jogo de tensão no espectador.
Colônia Penal caracteriza-se como um atentado contra a dignidade humana. É o anti-herói kafkiano lançado, torturado e executado nos porões da ditadura militar brasileira.
Estreiou em 5 de julho de 2013, no Kasulo espaço de Cultura e Arte – São Paulo/SP, foi contemplado pela 15ª edição do Programa de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo, pelo Proac Circulação de Espetáculos de Dança 2013, pelo Prêmio Klauss Vianna de Dança 2015, pelo Edital de Ocupação CAIXA Cultural São Paulo 2018, e pelo Edital PROAC Expresso LAB Nº 37/2020 – Produção e temporada de espetáculo de dança com apresentação online.
FICHA DE 2ª REMONTAGEM
Intérpretes: Alex Merino, Rafael Carrion, Renata Aspesi, Patrícia Pina, Yorrana Soares e Sandro Borelli
Concepção, direção e coreografia: Sandro Borelli
Assistente de Coreografia: Rafael Carrion
Trilha sonora e arte gráfica: Gustavo Domingues
Fotografia: Alex Merino e Junior Cecon
Luz: Sandro Borelli
Figurino: Elenco
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Direção de produção: Júnior Cecon
FICHA DE 1ª REMONTAGEM
Concepção, direção e coreografia: Sandro Borelli
Intérpretes: Alex Merino, Amanda Santos, Everton Ferreira, Laia Mora, Mainá Santana e Rafael Carrion
Assistente de coreografias: Rafael Carrion
Trilha sonora e arte gráfica: Gustavo Domingues
Luz: Sandro Borelli
Figurino: Elenco
Fotografia: Júnior Cecon
Preparação Corporal: José Ricardo Tomaselli e Vanessa Macedo
Direção de produção: Júnior Cecon
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
FICHA TÉCNICA ORIGINAL
Concepção, direção e coreografia: Sandro Borelli
Elenco: Alex Merino, Amanda Santos, Francisco Silvino, Verônica Santos, Júnior Gadelha (versão original).
Trilha sonora e arte gráfica: Gustavo Domingues
Luz: Sandro Borelli
Figurino: Elenco
Direção de produção: Cristiane Klein
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Duração do espetáculo: 70 minutos
Faixa etária recomendada: Acima de 16 anos
PUBLICAÇÕES NA MÍDIA
1. Opressão e horror dão o tom de espetáculos inspirados em livros: O espetáculo reflete a opressão em cada mínimo movimento dos seis artistas em cena. Katia Calsavara – Jornal A Folha de São Paulo – 17 de abril de 2015.
2. Diálogo possível e necessário entre dança e política: “Colônia Penal” da Cia. Borelli expõe a relação entre violência e corpo ao evocar memórias da ditadura. Helena Katz – Jornal O Estado de SP – 13 de julho de 2013.
3. Kafka e ditadura militar inspiram espetáculo de dança em cartaz em SP: Politizada, coreografia é a sexta criação de Sandro Borelli feita a partir de textos do escritor Tcheco. Katia Calsavara – Jornal A Folha de São Paulo- 12 de julho de 2013.
4. Kafka e a eterna luta pela dignidade: A Cia. Borelli revê em “Colônia Penal” toda a violência da ditadura brasileira. Helena Katz – Jornal O Estado de SP – 5 de julho de 2013.
5. Dança se inspira na atualidade de Kafka: Colônia Penal traduz na linguagem do corpo dramaturgia da opressão e aprisionamento. Metrô News – 1 de julho de 2013.