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2018

Balada da virgem, em nome de Deus

Inspirado na figura de Joana D’Arc. Uma Santa, uma Louca, uma Feiticeira? Morta há quase 600 anos, ainda move imaginários e provoca reflexões sobre gênero, fé e justiça.


D’Arc foi capturada pelo exército inglês e condenada à fogueira em 1431 pela igreja católica, acusada pelo crime de heresia.


Ironicamente, quase 500 anos depois de sua morte, foi canonizada pela própria instituição religiosa que a executou, tornando-se santa e padroeira do país.


Por conta disso, Balada da Virgem – em nome de Deus, alimenta-se das contradições políticas e religiosas contidas na personalidade desta mulher. Suas dores, angústias e perturbações, movidas por uma convicção abalada de fé, foram transformadas em uma tensão corporal permanente, buscando um estado físico de dramaticidade cênica numa liturgia coreográfica.


Dentre os tantos significados e subjetividades que a arte contemporânea permite em suas gestações, a criação converteu o palco em um cárcere privado, lugar de privações de todo tipo, onde o apego à vida foi se esvaindo por completo.


A obra lança dúvidas do discurso devoto e subserviente a Deus da Joana histórica e impõe a ela a necessidade de revolta contra essa figura masculina e patriarcal de Deus, uma figura que violenta seu corpo em um martírio físico e psíquico.


A ação coreográfica se dá nessa batalha de cosmovisões, um duelo simbólico entre os anjos e demônios que movem a mente e o corpo de Joana em seus momentos finais e a arrastam inconclusivamente para a morte na fogueira.


O mito em suas últimas horas de vida.


A criação se alimenta da força, da fragilidade física e espiritual e das possíveis contradições políticas e religiosas contidas na personalidade dessa mulher. Suas dores, angústias e perturbações, movidas por uma convicção irrefreável de fé, foram transformadas em uma tensão corporal permanente, buscando um estado físico de dramaticidade cênica numa liturgia coreográfica.


Estreia em 19/04/2018 no Kasulo - Espaço de Arte.


FICHA TÉCNICA

Concepção, Coreografia, Direção e Luz: Sandro Borelli

Intérpretes: Renata Aspesi, Yorrana Soares, Alex Merino e Rafael Carrion

Assistência Coreográfica: Rafael Carrion

Trilha Sonora: Gustavo Domingues

Figurino e cenário: Grupo

Arte Gráfica: Gustavo Domingues

Fotografia: Alex Merino e Rafael Carrion

Assessoria de Imprensa: Vanessa Fontes

Direção de Produção: Júnior Cecon

* A trilha sonora contém trechos das obras de Olafur Arnalds e Levon Minassian & Armand Amar.

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