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2013

Colônia Penal

Inspirado na obra homônima de Franz Kafka (1883 -1924) e na ditadura militar brasileira (1964-1985).


As perspectivas sobre a condição humana e social que estão implícitas nas obras de Kafka é de uma atualidade desconcertante, por isso se conecta ao que julgamos urgente e fundamental discutir na sociedade contemporânea. O autor de Praga nos dá uma visão ampla e original através dos seus personagens, todos inseridos a um status quo cruel. A opressão, o aprisionamento e a desesperança que traz em si as marcas do sofrimento de um mundo alienado são temas recorrentes em sua obra.


O escritor Checo faz uma análise crítica sobre o instituto da pena de morte, analisando os seus limites, a sinistra imposição baseada em castigos corporais pelo Estado e ilustra com clareza e precisão as barbáries que constituíam as técnicas medievais na aplicação desses castigos punitivos.


O espetáculo propõe que o insólito e o absurdo possam ser percebidos em várias situações: Numa detalhada descrição de métodos de tortura dos regimes antidemocráticos abrigando e encobertando assassinos; na cruel e irônica omissão de um observador estrangeiro;  na estranha relação entre o poder oficial e o condenado. Uma crítica aberta aos regimes despóticos nos quais o processo judicial e o direito de liberdade são subjugados.


O coreógrafo Sandro Borelli e Grupo ampliam a pesquisa em direção às torturas cometidas pela ditadura militar no Brasil nas décadas de 60, 70 e 80 resultando na morte e no desaparecimento de centenas de brasileiros contrários ao regime da época. Constrói uma estrutura de gestos, ações e movimentos resultando uma dramaturgia corporal teatralizada, para gerar um jogo de tensão no espectador.


A Colônia Penal caracteriza-se como um atentado contra a dignidade humana. É o anti-herói kafkiano lançado, torturado e executado nos porões da ditadura militar brasileira.


Estreia em 05/07/2013 no Kasulo - Espaço de Arte.


FICHA TÉCNICA

Concepção, direção e coreografia: Sandro Borelli

Elenco: Alex Merino, Amanda Santos, Francisco Silvino, Maíra Campos, Verônica Santos e Branca Gonzaga (estagiária)

Trilha sonora e arte gráfica: Gustavo Domingues

Luz: Sandro Borelli

Figurino: Elenco

Direção de produção: Cristiane Klein - Dionísio Produção

Assessoria de Imprensa: Canal Aberto

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