
Criado originalmente para o Balé da Cidade de SP em 2005 e incorporado ao repertório do grupo em 2010.
O enigma da morte, um tema recorrente nas criações de Borelli, é tratado nesta obra a partir das questões que envolvem o Mal de Alzheimer. A doença como metáfora expressa o indivíduo encarcerado em si mesmo e nos conflitos íntimos que enfrenta.
É um trabalho artístico que propõe uma dramaturgia corporal que nos remete ao aprofundamento das questões humanas. Neste caminho proposto uma porta é aberta e o que se apresenta é o encerramento do indivíduo em si mesmo tentando remediar conflitos da sua existência.
Indivíduo com apenas dois instrumentos: o corpo (espectro) e uma lembrança falível e agonizante. Morte que se apresenta como agente da solidão, de angústia e também de um bem estar, porque não?
Dependência também é um fim, no qual o trajeto é calculado e indicado pelas mãos, pés, pelo erótico, pela morbidez.
Ponto final da última cena é, sobretudo, uma morte pulsante e desejada no íntimo.
Estreia em 28/07/2010, no Kasulo Espaço de Cultura e Arte, São Paulo/SP.
FICHA TÉCNICA
Criação e Direção: Sandro Borelli
Elenco: Danilo Firmo, Djalma Moura, Elizandro Carneiro, Mariana Gomes, Mariana Molinos, Maira Barbosa, Poliana de Lima e Vanessa Macedo.
Iluminação: André Prado
Trilha Sonora: Gustavo Domingues
Preparação Corporal: Fernanda Bueno, Miriam Druwe e Sandro Borelli
Figurino: Elenco
Produção Executiva: Camila Bronizeski